Na semana passada você pode conhecer uma parte da Avenida Paulista e hoje vou escrever um pouco mais sobre ela.
Existem diferentes momentos para passear pela "Paulista", no horário comercial é possível conviver com a correria típica do paulistano, e como sempre dizem: "Nós temos pressa para tudo". As pessoas passam apressadas de um lado para o outro, mas quando chega a noite o ritmo cai, os bares ficam cheios de pessoas bebendo cerveja e batendo papo, diversos casais caminham de mãos dadas e alguns pais passeiam com seus filhos, o clima muda bastante, só quem conhece sabe o quanto este cartão postal de nossa Sampa pode ser diferente.
Nos finais de semana a correria dos trabalhadores dá lugar para pessoas que fazem suas compras em diversas galerias e shoppings, lá é possível encontrar produtos originais e os chamados "xing ling", para quem não conhece o termo, isso quer dizer um produto falso vindo em sua grande maioria da China, afinal um produto com a mesma aparência custar 4 vezes menos é de se estranhar, concorda? Mas também é possível comprar produtos originais a preços mais acessíveis, almoçar nas feirinhas, tomar uma cerveja gelada nos diversos bares, enfim... Na "Paulista" tem de tudo um pouco.
Um dos poucos casarões que ainda existem.
Mural com imagem do Oscar Niemeyer.
Ciclistas em sua ciclofaixa.
É possível ver alguns dos poucos casarões da época em que a "Paulista" era uma região residencial, sem o vai e vem de todos os dias, aos domingos os ciclistas saem com suas magrelas para pedalar por toda a extensão da avenida, famílias passeando, fotógrafos caçando um click, e também a parte triste, moradores de rua que ficam a mercê do destino com fome e frio, eles são humanos igual e nós e precisam de ajuda não somente financeira mas também psicológica, ser reintegrados em nossa sociedade, é terrível ver uma pessoa que passa por dificuldades, mas... Faça sua parte, ajude com sabedoria!
Nem tudo são flores, a diferença social ainda existe em Sampa.
Estávamos passando por este senhor da foto acima, ele não pediu dinheiro, cigarro ou comida, ele me viu com a câmera nas mãos e pediu apenas para eu tirar uma foto dele, e isso mostra que muitos moradores de rua sentem falta não somente de bens materiais, eles também sentem falta de atenção, de serem vistos como um ser humano normal.
Esta semana (2 após a foto) eu passei por ele e comprei um lanche e um suco num bar, agachei e dei nas mãos dele, ele abriu sorriso enorme e disse todo triste: "Obrigado moço". Sei que ele não lembra de mim, mas meu gesto foi para mostrar que não esqueci dele.
Um dia ensolarado é ótimo para passear.
:)
Voltamos no tempo? Infelizmente não.
Passeios.
Agradeço ao sol por me ajudar nesta foto.
Artista de rua.
Falar sobre nossa querida Paulista é complicado, tem muitas coisas para mostrar e escrever, podemos dizer que lá é um resumo de nossa cidade. Tem artistas de rua, skatistas, famílias, casais, muitos estrangeiros...
Aproveite este final de semana ensolarado e vá caminhar um pouco por lá.
Garanto que você vai adorar.
Leia, Comente, Compartilhe um pouco de cultura, este é um bem imaterial que será seu para sempre!
Aqui nós vamos conhecer #UMAOUTRASAMPA!
Erik Grapeia.
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