Paranapiacaba (Parte 3/3)

Seja bem vindo (a) ao UMA OUTRA SAMPA!

Hoje terminaremos a matéria sobre Paranapiacaba, para quem não se lembra fiquei ausente por um bom tempo, mas para a felicidade dos leitores deste Blog, eu e a Yasmin (que agora faz parte da equipe) já visitamos e começamos a escrever sobre 10 lugares! Sim... Temos muito conteúdo pela frente, mas será surpresa, você terá que nos acompanhar. :)

Na 1ª parte falei sobre a história de Paranapiacaba (confira aqui) e na 2ª sobre ela atualmente (confira aqui), mas hoje falarei sobre a trilha da Vila Taquarussú, vamos lá?

Eu, Felipe, Flávia, Paulo e Priscila combinamos de ir para Paranapiacaba com a intenção de fazer uma trilha de nível iniciante-moderado, procurei sobre o tema na internet e fiz contato com alguns guias mas nada foi negociado, combinamos de ir faça chuva ou faça sol.
Saímos da estação de trem de Rio Grande da Serra, e ao chegar no ponto do ônibus que vai para Paranapiacaba perguntei ao motorista se ele sabia onde arrumaríamos guias para conhecer a cidade, então ele apontou para um senhorzinho com roupas bem humildes que estava sentado ali perto e disse: "Esse é o melhor guia que tem!"
Confesso que olhei e pensei, este "Tiozinho" é guia? Em seguida lembrei de ter lido sobre ele em algum lugar, seu nome é "Caneco Verde" e o cara é um figura.
Negociei com ele para conhecermos a Vila Taquarussú, e ele nos cobrou R$ 5,00 por pessoa (combinamos de pagar pelo menos R$ 10, afinal era muito barato e injusto para ele). Chegando na Vila Inglesa de Paranapiacaba fomos em direção a trilha, todos empolgados, com muita disposição, e logo em seguida descobrimos o motivo do Caneco Verde ser uma atração a parte na trilha, a 1ª bronca que levamos dele!
Mas não foram uma, nem duas, foram várias broncas que ele nos deu.. hahaha
Mas as broncas tinham um motivo, se ele explicasse alguma coisa e não prestássemos atenção ele dava uma sem dó...rs Lembre-se, eu falei que ele dava bronca, não que ele foi mal educado, uma coisa é diferente da outra.

Uma das trilhas "escondidas".

A caminho da Vila Taquarussú.

Tudo que olhávamos e passávamos perto tinha uma história, e o "Caneco" contava tudo com detalhes, explicava tudo sobre qualquer coisa que aparecia, sem falar das histórias sobre o local, tudo isso devido a seus 30 anos de trilhas, acho que é por isso que ele andava tão rápido, muitas vezes parávamos por algum motivo e de repente, cadê o Caneco? Já estava longe esperando por nós.
Após quase 1 hora caminhando o Paulo "achou" um sinal de WiFi, o detalhe é para nossos celulares de diferentes operadoras que não tinham sinal, então começamos a tirar sarro dele, afinal como vocês podem ver estávamos no mínimo a uns 5 km de distância de qualquer sinal de vida humana, e por incrível que pareça eu olhei o celular dele, e adivinha... Tinha um sinal mesmo. O Tarzan tinha WiFi e morava ali perto? Não sei... Mas que foi no mínimo estranho e assustador, isso eu garanto que foi!

1 hora de caminhada e não havia nada além de "mato".

Continuamos a nossa trilha e o Caneco falando que muitos que vão pra lá jogam lixo no chão, e o que ele fez durante todo o trajeto enquanto nos explicava algo era recolher todo o lixo que ele encontrava, foram 2 sacolas cheias de lixo, sim, ele recolhia papel de bala, lata de cerveja, bituca de cigarro, embalagem de biscoito, enfim... Ele diz que nem todos os guias fazem isso, e que devemos manter este paraíso limpo, ponto para o Caneco!

Finalmente, após mais de 1 hora caminhando chegamos a Vila Taquarussú, um lugarzinho no meio do nada, literalmente isolado, um lugar calmo, daqueles que você poderia tirar as suas férias se sentindo um ermitão isolado da civilização.
                                          
Bem vindo!

 Entrada da Vila Taquarussú.

Estas são "todas" as casas da Vila. 

O lugar lembra aqueles filmes onde tem a casa sinistra na beira do lago, lembra tanto cenas de filme que o local é sempre foi usado para filmar trechos de filmes, novelas e comerciais!

 A neblina cria um clima especial para a aventura.

Sim, existe um lago sinistro!

Ao chegar na Vila fomos conhecer uma queda d'água que fica próxima ao lago, o clima não ajudou muito, garoava, estava frio, e isto não permitiu que prosseguíssemos até a cachoeira mais próxima dali, ficava a "apenas 2 horas" de caminhada, mas isso não nos impediu de desbravar os caminhos que nos levariam até a pequena cachoeira, mas não teria graça vermos uma queda d'água e não entrar nela, afinal faltava coragem para ficar congelando depois de sair dela, inclusive ninguém levou toalha nem roupa para entrar na água, mas se você acha que isso foi uma barreira para o Paulo, se enganou. Ele teve coragem de entrar na água gelada, com garoa e vento ainda mais gelados!

 Chuvas sempre dificultam as fotografias.

Coragem e um pouco de loucura não faz mal a ninguém! 

Voltando para a Vila Taquarussú paramos para bater papo com um dos moradores, comprar umas cervejas e provar a cachaça de Cambuci que ele produz, e a tal "branquinha" esquentou os ânimos e olha que só provamos um pouquinho, mas foi o suficiente para não querermos apreciar mais um pouco desta maravilha destilada.
Flá, Pri e Paulinho "o herói".

 A garoa não atrapalhou nossa aventura.

Paulinho, Caneco, Flá, Pri, Eu e o Japa.

Quando foi por volta das 14 horas resolvemos voltar, levaríamos um pouco mais de uma hora para chegar a Vila Inglesa de Paranapiacaba e a caminhada não seria tão fácil assim, estávamos molhados, cansados, com fome, e com dor nas costas de carregar nossas mochilas com lanches e água.
A neblina aumentava, e em alguns trechos não enxergávamos mais que 5 metros adiante, nesta situação devemos tomar cuidado com as Bikes, Motos e Jipes que fazem trilha por ali, quem vai na frente e avista um deles grita para os demais tomarem cuidado e andar sempre nos cantos da trilha para não ser atropelado, já houveram casos de pessoas que morreram em acidentes por ali, então todo cuidado é pouco.
Caneco continuava suas explicações, e em um trecho da volta paramos no "Vale do Eco" onde ele continuou falando as histórias e fatos locais.
É claro que fizemos o teste no Vale para ver o tal eco, o problema é que não dá pra ouvir muito bem o som que retorna neste vídeo aqui:


Sim, nós tínhamos que gritar "VAI CORINTHIANS!" :)

 MOTOOO!!!

 Visibilidade boa, alguns trechos estavam piores.

Neblina + Garoa

Pouco mais de uma hora de caminhada para voltar, estávamos exaustos, mas valeu cada segundo!

Não esqueça de curtir e divulgar nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/BlogUmaOutraSampa

Esperamos que tenha gostado de mais esta aventura.
Leia, Comente, Compartilhe e Divulgue esta ideia. Cultura é um bem imaterial que será seu para sempre.
Aqui nós vamos conhecer: UMA OUTRA SAMPA !!!

0 comentários:

Postar um comentário