Avenida Paulista (parte 1/2)

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Hoje falarei de um lugar que é um dos cartões postais de SAMPA, a Avenida Paulista.
Para chegar é muito simples, você pode descer nas estações de metrô Brigadeiro, Trianon-Masp ou Consolação, ambas estão na linha verde.
Palco de protestos, esta avenida sempre é utilizada quando o povo quer reivindicar seus direitos.
A "Paulista" como nós a chamamos, é o centro financeiro da capital e também um dos locais com a maior diversificação de bancos, colégios tradicionais, faculdades, pontos culturais, consulados, entre outros...
Sua criação foi no século XIX e contava com 3 faixas de trânsito, uma para bondes, outra para carruagens e a ultima para cavaleiros. Esta avenida já foi chamada de "Rua Real Grandeza", "Avenida Carlos de Campos" e por fim, "Avenida Paulista" que foi uma homenagem ao povo de Sampa.
Nesta época os palacetes davam um charme ao local, e foi a primeira avenida de São Paulo a ser asfaltada pouco antes de 1910.
Atualmente existem diversos pontos interessantes, como o Masp, Casa das Rosas, Itau Cultural, Parque Trianon, entre outros, mas que não irei falar hoje, em uma próxima oportunidade iremos conhecê-los para não tornar esta matéria muito extensa.
Lembrando que no final do ano vou fazer um especial sobre a decoração natalina que embeleza a avenida todos os anos.

 Praça do Ciclista.

 Horta do Ciclista.

A praça do ciclista que fica próxima a estação Consolação do Metrô é um ponto que não chama muita a atenção, exceto quando ocorre algum passeio ciclístico pela avenida, e isso torna muito interessante aquela pequena praça, com milhares de ciclistas amontoados se organizando para pedalar por esta metrópole que todos nós amamos.

Igreja contrastando com a estrutura de vidro de um prédio.

Neste dia fui com meu amigo Felipe Yassaka, um dos que mais visita os lugares comigo, conforme ele disse: "Vou aproveitar minhas férias para conhecer minha cidade!". Eu explicava a história da "Paulista" para ele quando nos deparamos com um artista que chamou  nossa atenção, ele parecia estar em outro mundo, um mundo onde ele não ouvia as pessoas, carros, o caos, nada. Ele estava fazendo parte do desenho, pintando como se fosse o quadro mais importante da sua vida! Chamei ele e perguntei se poderíamos conversar um pouco, expliquei sobre o blog e ele aceitou.
Ele é chamado de Ioga (Ioga Lirio Forster), um carioca que trabalha com pintura a mais de 8 anos e que ficaria apenas um tempo em Sampa para mostrar sua arte, e cá entre nós? O cara é bom!
Perguntei sobre o que a pintura significa pra ele, e as suas palavras foram:
"O propósito da arte é despertar o divino nas pessoas, nós temos que nos relacionar com a pureza das coisas, a magia da pintura, o desapego com o mundo e os bens materiais...", eu tenho que admitir, não consegui anotar tudo por que ele falava com uma vontade tão grande sobre um mundo diferente que eu parei de anotar só pra ouvir ele falar. E tenho que confessar, até eu me imaginei num lugar diferente.
Ele mostrou uma coisa que não vemos no dia a dia, o lado humano das pessoas.
Parabéns Ioga, tanto por seu talento quanto por seu ideal!

 Ioga e sua arte.

 Ioga e sua arte.

 Ioga e sua arte.

Depois de batermos um papo com ele e ficarmos de boca aberta com os ideias de um mundo melhor que ele tem, nós tem fomos almoçar em frente ao Parque Trianon numa feira, já era tarde e o estômago roncava.
Fomos comer um burrito e quando olhei pra o outro lado da barraca de comida mexicana fiquei sem reação, eram eles: Lee Ranaldo, Thurston Moore e Steve Shelley, sim, os caras do Sonic Youth!
Mas não tirei foto, poucos tinham reconhecido eles e não quis estragar o almoço deles com um ataque neurótico de fã... :)

Hermano, ¿dónde está la pimienta?

Na próxima sexta continuarei a matéria sobre a Paulista. Aguardem!

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Erik Grapeia.

Sala São Paulo

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Conforme prometi em nossa página no Facebook, quando nosso blog ultrapassasse os 2000 acessos, eu iria incluir um post extra, e aqui estamos hoje.
Vou mostrar um lugar que eu sempre tive vontade de ir mas nunca tive dinheiro para me dar ao luxo, estou falando da Sala São Paulo que fica na Praça Júlio Prestes nº 16, ao lado da estação de trem de mesmo nome que já falei aqui e próxima a estação de trem da Luz que também já falei anteriormente (aqui).
Eu sempre pensei: "Deve ser tão caro ir num concerto de música clássica!", sim, é caro. Mas como a meta deste blog é sempre te dar dicas onde você gaste pouco ou nenhuma moedinha eu pesquisei sobre a programação, e fiquei surpreso ao descobrir que em determinadas datas a entrada é gratuita (dica da minha amiga Cida)!
Eu havia retirado os ingressos e pensando em vocês que acompanham nosso blog peguei para mais 2 pessoas, no mesmo dia anunciei no blog que o primeiro a pedir os ingressos iria ganhá-los, e quem nos acompanhou para fazer esta matéria foi meu amigo Giovanne e seu amigo Guilherme.

 Fachada da Sala São Paulo.

Guilherme e Giovanni no hall da Sala São Paulo.

Confesso que me senti igual uma criança que vai ganhar um presente, eu estava a 6 poltronas do palco, e fiquei ansioso para que a Orquestra do Festival de Inverno de Campos do Jordão começasse. Você consegue notar a diferença de classe social das pessoas que estavam lá, alguns extremamente bem vestidos, e outros de jeans (meu caso), mas todos estavam lá por um único e belo motivo. A música clássica.

Platéia se acomodando para o concerto.

Quando a apresentação começou eu me senti num filme épico, a música é envolvente e você fica maravilhado com a harmonia e sintonia dos músicos, eles expressam uma emoção tão grande que é impossível não se contagiar, a forma como eles gesticulam, se contorcem para tirar cada nota musical de seu instrumento, esta sensação é indescritível!

 Orquestra do Festival de Inverno de Campos do Jordão.

Orquestra do Festival de Inverno de Campos do Jordão.


As fotos não ficaram tão boas por que eu levei uma bela bronca da segurança, eu não sabia que não é permitido tirar fotos durante a apresentação, somente nos intervalos. Então tive que deixar a câmera no colo arriscar tirar fotos sem focar num ponto exato, algumas até saíram boas. Não teria graça eu falar sobre este lugar maravilhoso e deixar vocês sem o registro não é mesmo?

 Orquestra do Festival de Inverno de Campos do Jordão.

 Orquestra do Festival de Inverno de Campos do Jordão.

A apresentação durou cerca de 1 hora, e garanto que passou tão rápido que não dava vontade de ir embora. Quando encerrou, todos levantaram e bateram palmas como forma de agradecimento a todos estes talentos que nos deixaram surpresos com a apresentação incrível que fizeram.
Quer uma dica, vá conhecer a Sala São Paulo, vale muito o passeio. Eu pretendo voltar lá muitas vezes, e quem sabe um dia nos encontramos por lá?

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Erik Grapeia.

Bairro Liberdade (Série: Bairro da Liberdade)

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Vocês já leram sobre a Igreja da Santa Cruz das Almas dos Enforcados e sobre a Capela Nossa Senhora dos Aflitos que são "assombradas" conforme algumas pessoas dizem, e hoje falarei sobre o bairro onde elas estão, a Liberdade.
E nada mais justo que ir com meu amigo Felipe Yassaka que tem descendência japonesa para conhecermos um  pouco mais sobre este que é um bairro turístico de Sampa que fica ao lado da estação de metrô Liberdade e é considerada a maior colônia japonesa fora do japão, a história nipônica da região ocorreu em meados de 1900 quando a concentração de japoneses aumentou e foram criadas pequenas fábricas, comércios, hospedarias, e isso fortaleceu o vínculo da cultura oriental no bairro, a Rua Galvão Bueno é a principal do bairro da Liberdade, lá você encontra restaurantes, hotéis, milhares de lojas e comércios específicos no ramo oriental.
Detalhe, não se sabe ao certo se o nome do bairro deriva da abolição dos escravos ou do grito de liberdade que entoaram quando Chaguinha foi enforcado em praça pública.

"Portal da Liberdade".

Artigos Orientais.

Muitas pessoas se perguntam se o nome da rua é uma homenagem ao narrador esportivo de mesmo nome, aquele do #calabocagalvao e a resposta é (graças a Deus) não. É uma homenagem ao doutor, escritor e professor Carlos Mariano Galvão Bueno, anteriormente o local se chamava "rua Detrás do Cemitério", lembra que falei nas outras matérias que entre a Capela dos Aflitos e a atual Praça da Liberdade estava o primeiro cemitério público de Sampa?
Mas o bairro não é feito apenas de histórias macabras, ele foi feito também com o suor de muitos imigrantes japoneses que vieram para nossa terra Tupiniquim buscando uma vida melhor, o bairro hoje se deve em partes ao desenvolvimento que foi gerado por eles, nossos amigos japoneses. Até foi criado um jardim oriental para que eles possam ter mais lembranças da "terra do sol nascente".

 Entrada do Jardim Oriental.

 Árvore com pedidos.

 Interior do Jardim.

Alguém pode traduzir?

Visitar o bairro da Liberdade é provar sabores novos, conhecer uma outra cultura muito diferente da nossa, lá é possível provar pratos típicos nos restaurantes, comprar objetos decorativos, muitos mangás (história em quadrinhos japonesa), enfim... É atravessar o planeta e mergulhar na cultura nipônica repentinamente.
Vale lembrar que aos domingos existe a "feirinha da liberdade", com pratos doces e salgados, artesanatos, e muita coisa que faz nós nos sentirmos no Japão.

 Feira da Liberdade.

 Feira da Liberdade.

                                                                                             Feira da Liberdade. 

Não sou o maior fã da culinária oriental, mas não resisto aos doces e ao picolé coreano chamado Melona.

Picolé Melona.

Este é um bairro que eu já havia ido diversas vezes, mas nunca reparei nos detalhes que existem. É interessante você voltar para um bairro que até então já é conhecido e descobre que existem muitas coisas que passam despercebidas aos nossos olhos.

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Erik Grapeia.

Igreja da Santa Cruz das Almas dos Enforcados - Também "Assombrada"? (Série: Bairro da Liberdade)

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Anteriormente falei sobre a "Capela dos Aflitos", uma capela supostamente assobrada, e para dar continuidade a história do bairro da Liberdade falarei sobre mais uma Igreja/Capela (até a igreja Católica se confunde na hora de descrever). Esta menos assombrada que a anterior, mas ainda sim possui seus enigmas e mistérios.
A Igreja da Santa Cruz das Almas dos Enforcados fica na Praça da Liberdade nº 238, em frente a estação de metrô Liberdade.
Você se lembra da história do "Chaguinha" que escrevi na outra semana? Então, existe uma certa ligação sobrenatural entre esta capela e a alma do soldado.
Dizem que após seu enforcamento, a multidão que estava no local ficou indignada com o ocorrido, houve tumulto e foi preciso conter a população. Com o fim do tumulto gerou-se uma devoção incrível naquele local, e conforme a lenda diz, as velas que foram acessas não eram apagadas nem pelo vento e nem pela chuva! Pensar nisso dá um pouco de medo não dá?

 Fachada da capela.

  Fachada da capela.

Entrada da capela.


Alguns anos após o enforcamento fundaram esta capela, e adivinhem onde ela foi fundada?
Se você pensou no local onde as velas foram acessas e não apagavam acertou em cheio!
E isso apenas aumentou a curiosidade das pessoas em função dos ocorridos e suas histórias, tanto que já ocorreram alguns casos de incêndio, para você ter uma ideia da quantidade de visitas que o local recebe, e o tanto de velas acessas por seus fieis.

Neste dia não havia missa, por isso poucas velas.

Mas numa visão mais cética, é apenas uma capela comum com muitas histórias. Seu interior é simples, ela é pequena, e tanto seu velário quanto sua fachada tem um ar misterioso.

 Interior da capela.

Altar da capela.

Alguns blogs que falam sobre eventos paranormais citam este local devido as ondas eletromagnéticas, cientificamente traduzindo quer dizer que pode haver existência de um algo a mais no ar da capela.

Vá lá e tire sua conclusão, conheça um pouco mais nossa São Paulo.

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Erik Grapeia